maio 06, 2012

Com amor

Querida Mamã,

Por seres adorável e a mistura mais maravilhosa de força e suavidade, o melhor de mim será sempre pouco para te oferecer. Mas cá vai...


maio 03, 2012

Comédia músical e a ciência *[link corrigido]*


Sempre que vejo um post como *ESTE* que a Dani partilhou connosco, penso no vídeo super engraçado que um grupo de investigação dos Estados Unidos realizou. Uma paródia com um toque científico com base na música da Lady Gaga "Bad Romance", que começa pela letra adulterada e termina nos trapinhos que vestem (que são nem mais nem menos do que material de laboratório). A não perder, porque este pessoal transmite com precisão o sentimento dos alunos de doutoramento, principalmente na área científica, em alguma fase dos seus projectos.



Mas hoje o mundo é meu (ou parece) porque acabo de chegar de uma conferência científica com um prémio e, consequência dele, cash extra no bolso.



maio 02, 2012

Das decisões


Finalmente o bom tempo voltou. Para os Suíços, churrascos na floresta são parte da definição de Sol e ontem participei de um até ser tão escuro que já mal nos víamos, apesar da fogueira que fizemos.
Gosto desta tradição. Gosto do milho, das batatas e do queijo embrulhados em papel de alumínio que se perdem entre as brasas. Gosto dos cogumelhos recheados de queijo que acompanham as espetadas de carne, preparadas numa tarefa conjunta, em amena cavaqueira. Gosto dos pimentos assados e até da courgette (eu que não sou grande apreciadora de verdes), da banana com pedacinhos de chocolate e de ice tea à mistura. Gosto das histórias que se partilham, de descobrir um bocadinho mais de pessoas com vidas tão diferentes, e das gargalhadas sem fim. E gosto da inacreditável paisagem que nos rodeia, que me tira o fôlego e me dá vontade de gravar numa memória fotográfica cada pedacinho do que vejo. Naquele momento, em que me penitenciava por não ter levado uma câmara, percebi que dentro de mim a necessidade era outra: eu quero viver ali.




abril 27, 2012

Sheesh!

Claro que o motivo para querer ser um felino não saiu do nada.  Deve-se a esta grande aprendizagem:





Fujam de colaborações: a sete pés!

Continuo a espalhar magia...

Acabei de apagar um post publicado, por não ter título ou corpo de texto -- portanto, com as caraterísticas exatas de um rascunho automático do meu amigo do peito: o blogger.
A recuperação não é árdua, portanto. Cá vai:




P.S.: Esta coisa de dar um passinho à frente e três atrás na decisão pela adesão ao novo acordo ortográfico está para durar...


abril 24, 2012

AMANHECER EM ZURIQUE é o nome do blogue, sim?


Aparentemente não o suficiente para dominar os truques da blogologística. Diz que acabei de mudar o modelo do blogue não se sabe bem como, e que nos entretantos o título evaporou e eu não sei como o recuperar.

Às vezes sinto-me assim....


Naqueles momentos em que entre tantas responsabilidades só temos vontade de voltar a ser pequenos, e entre as perguntas que nos fazem por nos julgarem o especialista em determinada matéria só termos vontade de dizer uma qualquer barbaridade para ver até que ponto recebem a informação sem questionar. 

fevereiro 22, 2012

Ahahaha

Vejam este pequenino vídeo, que tem piada:






"- (...) BUT if friendship means nothing...!"
Dá-lhe a bolacha, sapo!

fevereiro 19, 2012

Mais um!

Zurique, Zurique, Zurique!

No seguimento deste post, tenho a contar-vos que ontem conheci um tuga que chegou à Suíça, e a Zurique, há duas semanas. Engenheiro civíl, veio para cá no contexto de um doutoramento misto. A história, que já me parecia familiar, tornou-se ainda mais engraçada quando lhe perguntei como se estava a ambientar. Contou-me que antes de partir estava muito apreensivo e que não queria sair de Portugal. Mas Zurique foi um baque no coração e que já não quer mais sair de cá.

- Duas semanas foram suficientes para te convencer, ãh? - ri.
- Duas? Não, no final da primeira já estava convencido.

Eu sei que até hoje o pessoal mais distraído acha que exagero quando digo que este país é para mim um caso de Amor à primeira vista. Na verdade, à primeira vivência, porque é a organização, aliada à beleza indiscritível da Natureza que se mistura com a tecnologia e com o nível de segurança, que deixa qualquer um meio abananado. Mas não é exagero: o Inverno é especial, pela neve, pelos desportos radicais, e por entrarmos em modo Primavera de novo logo que se entra num qualquer edifício ou transporte público;  Primavera traz mil cores e Natureza a desabrochar por todo o lado, porque cimento só é usado onde não dá mesmo para evitar -- e o trânsito flui, não se ouvem buzinas, os transportes chegam sempre a horas (ao minuto) e até os amantes de bicicletas têm espaço próprio na rodovia; o Verão é puro calor, relva, lago imenso com as montanhas com topo branco em pano de fundo, rio a uns deliciosos 23ºC de temperatura média, salva-vidas presente o dia inteiro, balneários e wc's públicos impecavelmente limpos, campos de futebol (públicos) relvados em série, castelos insufláveis para os putos, e a lista poderia continuar; e com o Outono chegam de novo as imagens de filme com a transformação de tirar o fôlego que a natureza volta a trazer, as castanhas e a música na rua, e o sonho do Natal que está para chegar com os flocos de neve que brilham contra um céu frequentemente azul e Sol a brilhar.

O menino que ainda agora chegou até vai chorar... de felicidade.



Não sei porquê...

Mas esta piada parva, faz-me rir -- pela própria parvoíce. E como a foto vale a pena, aqui fica a partilha:


fevereiro 15, 2012

Oh happy day - II

E porque as coisas boas são como as cerejas -- vêm sempre acompanhadas -- a neve também se apresentou ao serviço da menina deste lado. Primeiro timidamente:

E hoje com o poder de quem deixa os transportes públicos todos desgovernados. Já é coisa para se atrasarem 10 minutos!

E como eu adoro as primeiras marcas do dia que acaba de nascer, impressas na neve...

Oh happy day!

Só porque quem manda cá em casa sou eu. E está uma delícia!
(Foguetes, que eu mereço!)

fevereiro 05, 2012

O meu bolo de cenoura é um pão-de-ló de ovos moles



O intento. Daqui.

Eu devia saber que não me devia meter com bolos. O cheirinho bom pela casa toda, o acompanhamento perfeito de um chazinho a meio da tarde... tudo uma armadinha. Na verdade, mostram-nos um bolo fabuloso e dizem que seguindo aqueles passinhos simples tudo acaba bem e, na nossa inocência, caímos como (estes) patinhos!
Na minha boa fé fui para a cozinha, preparei tudo com amor e boa vontade (mesmo depois de descobrir que o meu liquidificador, ao contrário do da senhora do programa Sabor de Vida, cospe o conteúdo se não tiver a tampa) e no fim o que acontece? Assim que tentei colocar o bolo (que cresceu, milagre dos milagres!) num prato giríssimo, a camada (agora) superior abriu-se num círculo perfeito (cuja "tampa" ficou colada à forma) fabulosamente exibindo a massa crua a balançar-se como gelatina!
Claro que do alto da minha competência doceira, enfiei o bolo no forno de novo ["Ah e tal, agora já não tens hipótese, não se pode tirar o bolo do forno e esperar que coza de novo se o recolocares lá". Calem-se!] e estou a aguardar o que vai sair dali. São muitas cenouras investidas que [orgulhosamente] vou comer de qualquer forma.
Mas, entretanto, penso nos porquês da vida ser cruel e chego à conclusão que a culpa é toda da forma! Tanto riquicó ["Ah, essa palavra não existe!" No meio desta crise não há paciência para esta implicância...] com os detalhes do bolo e não explicam aos cozinheiros inexperientes que a forma é coisita para ser mesmo relevante para o sucesso final! Provavelmente sem uma forma com um cone no meio a temperatura não é distribuída de forma optimizada (pelo centro e laterais concomitantemente) e o centro da massa não cozinha à mesma velocidade.
Digo eu... mas está visto que eu não percebo nada de bolos.

janeiro 29, 2012

Neve, estás a portar-te muito mal.





Miss Glittering continua a postar imagens absolutamente deliciosas como esta, do lado franciú da Suíça, e eu, a norte, continuo a aguardar. Está mal.
Não há paisagem que me transmita mais paz e felicidade do que aquela que me proporciona a neve a revestir a natureza à minha volta. Ontem acordei com esta imagem do lado de fora da minha janela. Uma neve levezinha (que voa em todas as direções) continuava a cair e eu ainda acreditei que finalmente ia ter a paisagem que aguardo (precocemente) desde Novembro. Mas não. Duas horas depois, já nem sinais da que havia caído.  Assim não há condições...

E eu continuo a aguardar imagens como estas (do ano passado):






Hiltl

"Já que todos gostam de comer vegetariano. HILTL"


Há um restaurante particularmente bom, em Zurique. O ambiente é muito bonito e requintado, o espaço amplo e sem divisões, a cozinha fica no centro do segundo andar e aceita visitas sem marcação (o que eu me diverti com essa visita), e o buffet é a perdição dos clientes. Serve exclusivamente comida vegetariana e consegue fazer as delícías até de quem, como eu, é incontestável apreciador de carne.
Parte da decoração do exterior são imagens enormes, como as que coloquei acima: famosos carnívoros da nossa fauna, com dentes de coelho, rendidos às delícias daquele espaço! É este o mote. Se virem estas imagens não vão mais longe: vai valer a pena entrar.

Moda

"Deves sentir-te muito orgulhoso por teres perdido tanto peso!"

Sempre achei que um estilo mais descontraído, sem ser desleixado, assenta como uma luva em (quase) qualquer circunstância. Não me revejo na rigidez dos códigos. No entanto, há um estilo particularmente mau que está a invadir o mundo: usar roupa de tal forma larga que, em vez de assentar algures pela cintura, escorrega praticamente até aos joelhos e todos nós (os outros) somos obrigados a ver a sua roupa interior. Não. Rapaziada, acreditem em mim: isso não é cool. Menos. Muito menos.
E o que eu me ri com a piadola na imagem. Nunca me tinha cruzado o pensamento que, se calhar, para a geração mais velha, este pode ser pensamento recorrente! E só a hipótese é divertida.



janeiro 21, 2012

Gone with the wind!

Este vídeo não precisa introdução e portanto seguem-se as cenas que me arrancaram fortes gargalhadas hoje:


Tenham um maravilhoso fim-de-semana!

janeiro 10, 2012

Be brave!

 


O regresso a Zurique far-se-á amanhã. Ainda não cheguei mas já sinto a diferença, diferenças que me podiam surpreender pelo hábito díspar dos Suíços mas que apenas me fazem sorrir, com certo orgulho, pela visão daqueles que me recebem. Durante o novo ano teremos de compensar, de antemão, por 3 dias de trabalho que não acontecerão, uma vez que o Swiss Federal Institute of Technology se encontrará encerrado pelo mesmo período, por altura do Natal. Ou seja, antevendo o desempenho perdido, todos devem compensar em horas extra ou nos fins-de-semana, de acordo com a preferência do pessoal, 3 dias de labuta.
Algumas pessoas poderiam dizer-me que eu sorrio porque para um cientista isso são favas contadas; quando chegamos  a Dezembro já contabilizamos muito mais do que 3 dias de trabalho suplementar. Não é apenas isso. Sorrio por perceber, em pequenos detalhes, como um país desenvolvido funciona; por aliar a este tipo de compensação apenas três feriados oficiais; por ser muito claro que os Suíços têm um objectivo e cumprem-no sem que os seus se sintam oprimidos, injustiçados, infelizes. A Suíça cuida dos seus... e dos outros, porque a quantidade de estrangeiros que se sente em casa naquele país é de deixar a andar a roda a cabecita de qualquer um com fortes raízes ao seu país.

Por experiência própria digo apenas que viver num sistema que funciona, por um período superior a 1 mês, é ferramenta cortante de raízes gordas mais do que suficiente.

E por saber isto, não só não me sinto ultrajada com a polémica declaração do nosso primeiro-ministro PC, mas me sinto iluminar um bocadinho mais na esperança de que outras pessoas do meu país possam ter (primeiro) a coragem de sair e (depois) a incrível revelação de que aquele passo foi o melhor que poderiam ter tomado. Escolham bem o país e lancem-se à descoberta. O mundo é tão pequenino, agora. Portugal estará sempre perto e o skype... em todo o lado!

Move!

janeiro 07, 2012

Comédia musical (mais ou menos, vá) #4

O mundo dos vídeo-jogos é como o vírus da gripe -- anda por aí e ataca miúdos e graúdos. Super Mario, Sonic e outros que tais, fizeram parte da minha infância e agora chegam em 3D. Eu perco 10 minutos em cada nível a deliciar-me com os novos gráficos do Sonic, mas fico por aí. Ao contrário do que acontece ao sexo masculino, há qualquer coisa no cérebro feminino que impede a viciação ao mundo infantil. Para atacar este nicho de mercado seria uma excelente ideia adicionar um narrador aos jogos. Isso sim, era coisa para me entreter (à gargalhada) por mais tempo. AQUI fica o exemplo:



janeiro 04, 2012

Batman ou Superman?

No início do ano somos sempre abalroados por dezenas de filmes, com hérois de todos os géneros. Eu acho particular piada à "rivalidade" entre adeptos do Batman e do Superman. O cientista que vive no AP puxa pelo Batman, pela tecnologia, pelos pés na terra de quem não tem super-poderes mas a capacidade de reverter esse problema com supercool tools. A mim, mais dada a fantasiar, agrada a invencibilidade do Superman, a velocidade e a força impossíveis.
Mas independentemente da facção a que pertencem, hão-de achar graça a este vídeo, que me levou às lágrimas pela mistura humorística e o horror nos olhos do AP  -- o olhar de quem ouve um amigo pessoal ser mortalmente ofendido.

What is this...?


"That's enough! It's time for Gotham to get the hero it needs, not the hero it thinks it deserves, but the hero that it thinks that... we think it needs... to deserve. Because it's time to deserve a hero... and things... for Gotham... arrrr..."

janeiro 02, 2012

Plante uma árvore


2011 esperava muito mais de ti. Já vais tarde, carregado com essa responsabilidade desmedida que me assaltou a vida pessoal. Não contes em dar a mão a 2012, tudo vai ser diferente. Vejo-me entre novos sonhos, renovada esperança. Uma vontade de sorrir que não me larga. 2012 vai cuidar bem de mim.
Feliz ano para todos!



O vídeo aqui.

dezembro 30, 2011

Fun to Imagine




Nesta época em que descansar, conversar e degustar em frente à lareira é desporto nacional, tenho de partilhar convosco um vídeo de um fabuloso professor e cientista, figura incontornável da física teórica no séc. XX,  que tinha a capacidade de transformar ciência em pura diversão (e isto não é para quem quer, é só para quem pode): Richard Feynman. O nobel da física em 1965 explica... o que é o fogo:






E se vocês não sorrirem e não se sentirem iluminar por dentro com a conclusão deste vídeo, não apareçam mais por cá.

novembro 30, 2011

Comédia musical #3

Não me lembro do Elmo na Rua Sésamo tuga, mas soa-me a um grande desperdício de tempo e espaço ocupar o tempo de antena dele com o pássaro gigante. Este vídeo nunca chegou às televisões já que pelo visto a Miss Katy estava "indecente", coisinha não recomendável aos olhos e mentes sensíveis das criancinhas. Aos meus olhos, tamanho disparate prova mais uma vez que "não vemos o mundo como ele é, mas como somos".

novembro 29, 2011

Lembro-me quando... #2

... visitei o Glaciar Aletsch, classificado em 2001 como Património da Humanidade



Lembro-me perfeitamente das palavras que usaram para descrever aquela que seria a nossa visita ao maior glaciar dos Alpes: fria e linda. A paisagem seria explorada através dos teleféricos, e roupa bem quente era requisito obrigatório, apesar da temperatura ser agradável em Zurique. Estávamos em Maio. Eu deveria ter desconfiado quando as indicações chegaram de um californiano e de uma indiana. Mas não. Preparei-me como se fosse para a Sibéria e iniciámos viagem. Adoro viajar de comboio. Uma tranquilidade, uma oscilação discreta que embala, paisagens inacreditáveis por toda a Suíça e largas horas de conversa em belíssima companhia. Bitsch, anuncia a voz pelo intercomunicador, com a mesma pronúncia do palavrão em inglês. Um momento de pausa seguido de grandes gargalhadas. Uma estação depois de outra, o destino aproximava-se.

A cidade é linda e organizada - uma típica cidade helvética -, flores despontavam de cada milímetro de terreno e enfeitavam todas as janelas. O céu azul e um sol abrasador fazia-se sentir. «Lá lá lá, que aqui está quente mas não ao pé do glaciar. Vamos vamos, traz esse casaco dos infernos que vais precisar dele» [A conversa não foi bem assim, mas foi desta forma que a organizei na minha memória]. Ora, para começar, nos primeiros 150 000 km [mais metro menos metro...] não havia teleférico algum, pelo que tive de caminhar em pedras e calhaus passo sim, passo sim. De saltos altos. [E o calor tropical que se vivia debaixo do meu casaco?] Só não voltei para trás porque teria de fazer uma rotação de 180º que se tornava impossível pelas vertigens causadas pela proximidade à margem do caminho. Para lá daquele... o vazio e árvores lindas muito láaaaaaaaaaaaaaaaaaa no fundo. Esta aventura pareceu-me uma eternidade e teria arruinado o meu humor, não fosse o que nos esperava:
















































































O Glaciar, essa área deveras decepcionante, não conseguiu sequer arrefecer as penas dos patos que foram sacrificados para forrar o meu casaco. Nada. Calor de princípio ao fim mas um mini-museu adorável e as casas, cujo limite do terreno era um precipício muito semelhante ao que me ladeou parte do caminho, compensaram largamente. «Mas esta gente não joga à bola?» Pois claro que não, sob pena de tropeçarem e... só pararem na base da montanha.


























Outra parte muito gira foi constatar que os teleféricos encerraram às 16h e que teria de descer (muito mais do que subi) a pé. De saltos altos (just in case you didn't read it the first time). Mas nessa altura já só me apetecia rir. E foi o que fiz.