janeiro 10, 2012

Be brave!

 


O regresso a Zurique far-se-á amanhã. Ainda não cheguei mas já sinto a diferença, diferenças que me podiam surpreender pelo hábito díspar dos Suíços mas que apenas me fazem sorrir, com certo orgulho, pela visão daqueles que me recebem. Durante o novo ano teremos de compensar, de antemão, por 3 dias de trabalho que não acontecerão, uma vez que o Swiss Federal Institute of Technology se encontrará encerrado pelo mesmo período, por altura do Natal. Ou seja, antevendo o desempenho perdido, todos devem compensar em horas extra ou nos fins-de-semana, de acordo com a preferência do pessoal, 3 dias de labuta.
Algumas pessoas poderiam dizer-me que eu sorrio porque para um cientista isso são favas contadas; quando chegamos  a Dezembro já contabilizamos muito mais do que 3 dias de trabalho suplementar. Não é apenas isso. Sorrio por perceber, em pequenos detalhes, como um país desenvolvido funciona; por aliar a este tipo de compensação apenas três feriados oficiais; por ser muito claro que os Suíços têm um objectivo e cumprem-no sem que os seus se sintam oprimidos, injustiçados, infelizes. A Suíça cuida dos seus... e dos outros, porque a quantidade de estrangeiros que se sente em casa naquele país é de deixar a andar a roda a cabecita de qualquer um com fortes raízes ao seu país.

Por experiência própria digo apenas que viver num sistema que funciona, por um período superior a 1 mês, é ferramenta cortante de raízes gordas mais do que suficiente.

E por saber isto, não só não me sinto ultrajada com a polémica declaração do nosso primeiro-ministro PC, mas me sinto iluminar um bocadinho mais na esperança de que outras pessoas do meu país possam ter (primeiro) a coragem de sair e (depois) a incrível revelação de que aquele passo foi o melhor que poderiam ter tomado. Escolham bem o país e lancem-se à descoberta. O mundo é tão pequenino, agora. Portugal estará sempre perto e o skype... em todo o lado!

Move!

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